Tá sem tempo? Dá-lhe rapidinha....


    É certeza de satisfação garantida...




    O relógio anda apertado para cuidar de si, da casa, dos filhos, trabalhar, descansar e até para o sexo. Nesses tempos em que cada minuto é precioso, tudo é válido na vida sexual. Já tentou pôr em prática as famosas "rapidinhas"? Elas provam que tempo e satisfação nem sempre são diretamente proporcionais.



    Se nessa modalidade o sexo perde em duração, pode ganhar - e muito! - em intensidade. O sexo feito de forma inesperada faz o tempo ficar escasso para a timidez e a culpa. "Não tem nada que me dê mais tesão do que encontrar meu namorado no meio do dia e ver os olhos dele brilhando de vontade. Me sinto poderosa", conta a estudante A. A. Ela tem a sorte de estudar na mesma faculdade do namorado e os dois vivem se esbarrando pelo campus. "A gente adora dar uma fugidinha num canto do estacionamento que é ótimo, já aprontamos muito por ali. É aquela coisa de dez, quinze minutos. Mas é fulminante", garante.




    A graça da rapidinha está no que o sexo planejado não pode oferecer: um efeito comprovado contra a temida rotina sexual. A empresária J. C. sabe disso. "A rapidinha acende o desejo e dá uma sensação de renovação. Mas para ser bom tem que se assumir como rapidinha: o tesão está em não tirar a roupa toda, em correr um certo risco, em ser aquela coisa pra satisfazer e ponto final. Quando a gente está há muito tempo com o mesmo parceiro, o sexo tende a ficar burocrático. As coisas irracionais, impulsivas, não premeditadas é que ajudam a dar força no processo de reconquista diária", acredita.



    O elemento surpresa é um tempero a mais para o sabor da coisa. Mas às vezes um certo planejamento não cai tão mal assim. "Confesso que de vez em quando saio sem calcinha com meu namorado e deixo ele perceber. Não preciso falar nada: é a senha de que vai rolar uma rapidinha em algum lugar, alguma hora", assume a engenheira F. Á.



    A. A. também usa da experiência no assunto para dar suas dicas. "Gosto quando o meu namorado começa a me provocar fazendo carícias por baixo da roupa. Por isso, quando vou encontrá-lo com idéias mais pecaminosas, uso saia", recomenda.

    A sexóloga Margareth Labate reconhece o valor da rapidinha e seu poder em ressuscitar empolgação e fantasias. "Essa prática pode fazer lembrar dos primeiros tempos da vida sexual, quando havia ainda um certo risco, um certo mistério. É excelente para ativar o desejo e não adiá-lo. Esse elemento impulsivo pode ser muito importante para afastar sentimentos impeditivos ou de inibição. O que não pode é ficar uma coisa descontrolada e, sempre que vir a vontade, sair tirando a roupa em qualquer hora ou lugar, mesmo porque tudo o que é demais enjoa", comenta.



    Margareth lembra que, para que seja válida, essa como qualquer outra prática sexual deve estar sempre baseada no consenso. "É preciso respeitar quando o parceiro ou parceira não quer e não se sentir rejeitada com isso. A satisfação conjunta e a vontade dos dois é ainda mais importante do que o simples impulso sexual", lembra.


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