Quando a vida entre os lençóis cai na rotina, ou quando ainda está cedo demais para transar, lembre quão divertidos - e quentes - os bons e velhos amassos podem ser
Atingi o clímax em meio aos amassos com um ex-namorado com quem eu estava considerando reatar. Decidida a não transar - até porque eu queria pensar mais um pouco se o deixaria entrar de novo na minha vida emocional antes de entrar na minha calça -, estipulei uma barreira para o sexo. Bastou um beijo para eu sentir o volume no jeans dele. Foi uma coisa tão boba, tão adolescente, tão diferente do que nós, adultos, fazemos... Até ele continuar se apertando em mim e eu ter um dos melhores orgasmos da minha vida!
Julgando pela minha vivência, orgasmos tendem a ser experiências ligeiramente complicadas. Envolvem muita fantasia e negociações cerebrais complexas até chegar ao grande "oooh". Talvez por isso, esse que eu acabei de descrever tenha vindo de forma mais prazerosa e natural, já que eu estava ali relaxada e entregue ao momento sem nenhuma pretensão.
Minha experiência cai justamente no que é tido como "não sexo", ou sexo sem penetração. Você pode chamar isso de preliminares, mas, acredite, a experiência pode ser surpreendentemente satisfatória para quem já deu adeus à virgindade há décadas.
"O 'não sexo' é uma ótima opção, porque livra as mulheres da cobrança de que elas têm de chegar ao orgasmo", afirma o educador sexual Jamye Waxman, coautor de Hot Sex: Over 200 Things You Can Try Tonight! (inédito no Brasil). "Assim fica mais fácil focar a atenção no próprio corpo, curtir cada sensação."
O sexo sem penetração ainda ajuda a sacudir a rotina dos casais de longa data. "Prolongar o período de espera investindo em carícias renova o vínculo do casal e provoca fantasias", diz Amaury Mendes Júnior, ginecologista especialista em terapia sexual e consultor de Women's Health. Isso sem contar que estimula a sedução e faz com que as duas partes revivam as emoções do início da relação.
A experiência pode ser surpreendentemente satisfatória para quem já deu adeus à virgindade há décadas.
Dicas de como tirar proveito do "não sexo"
Saia do quarto
Vocês não precisam estar entre quatro paredes para suspirar de prazer. Esfregue-se em seu parceiro - com discrição - em qualquer situação que lhe dê vontade. Aproveite para ficar de costas para ele em algum momento (ou de conchinha, no caso do sofá) e então passe uma mão por trás de seu corpo em direção ao zíper da calça dele. "Se aguentarem segurar a onda para continuar só no esfrega-esfrega, vão acumular uma quantidade de energia e de tesão que vocês mal lembravam que existia", diz Waxman. Só evite a tentação de continuar no lugar de praxe. "Eu recomendo que a diversão aconteça em qualquer móvel, desde que não seja na cama", completa o autor. Experimente a mesa de jantar, a parede do quarto, o chão...
Vestida para matar
Como você vai estar de roupa - pelo menos no começo -, invista em tecidos que gerem um contato agradável com a pele, como cetim, seda e algodão. Este último, por exemplo, é melhor do que a lã, assim como calças de tecido mais leve no lugar do jeans, que pode machucar. Mas isso não significa que você precise mudar o figurino como uma cantora pop durante o show para curtir o momento.
Respire fundo
A maneira como vocês se tocam também pode ser mais interessante se os dois mantiverem o propósito de não chegar aos finalmentes. Se a intenção é inovar, saiba que até mesmo o jeito como você inspira e expira o ar pode ser usado a favor. "Alterne respirações quentes e frias sobre a cueca do seu parceiro", sugere Barbara Carrellas, autora de Ecstasy Is Necessary e de Urban Tantra (ambos inéditos no Brasil). "Para fazer a respiração quente, deixe a boca aberta próxima ao tecido e então solte o ar; já na fria, mantenha os lábios mais longe e assopre como se estivesse tentando apagar uma vela." Peça para ele fazer o mesmo em você e alternem respirações intensas e suaves.
Expressão corporal
Para completar, relembre as sensações despertadas em cada pedacinho de pele. Se você quer que ele percorra outras partes do seu corpo, sugira carícias na barriga ou na parte inferior de suas costas, logo acima do bumbum - arrepios garantidos. Por fim, sejamos sinceras: a probabilidade de todo esse estímulo do "não sexo" terminar em "siiim, sexo" é das maiores, o que a gente sabe que não deixa de ser ótimo! Afinal, somos todas adultas aqui.
Deixe o "não sexo" mais intenso
Seja clara
Perguntas confiantes são afrodisíacas e demonstram o que você gosta. Tente: "Você adora olhar para mim e ver a reação do meu corpo enquanto me toca aí, não é?"
Provoque
"Apalpe cada centímetro do corpo dele, com exceção do pênis. Ao menos até ele chegar ao ponto de implorar para que você o inclua na brincadeira", diz Barbara Carrellas.
Boca a boca
Experimente dar leves mordidinhas nos lábios de seu parceiro. Puxá-lo pela camiseta com os dentes e percorrer o interior das coxas com a língua também o levarão à loucura.
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